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Carta Aberta da Representação da ADUR no CEPE do dia 3 de julho

Bom dia a todos e todas, saudamos a presença e reiteramos os votos de saúde para todos.

Tenho reiteradamente utilizado esta expressão e faço uso aqui mais uma vez, no sentido de chamar atenção para que não podemos deixar  que o “urgente passa à frente do importante” de modo irrefletido, neste período complexo que vivemos.

Pontualmente, gostaria de:

– Reconhecer que as demandas do sindicato e dos conselheiros foi atendida pela administração central, através da publicização dos relatórios – incluindo os parciais dos GTs em disposição cronológica, permitindo o acompanhamento pela comunidade;

– Reconhecer o empenho dos GTs, manifesto através do nível de detalhamento dos relatórios – destaque para o do GT3 que continha mais de 50 páginas – e que chama atenção para a inviabilidade absoluta de atendimento aos alunos em atividades síncronas através da RPN;

– Pontuar as dúvidas sobre os processos de incorporação das sugestões dos documentos gerados pelos departamentos e colegiados de curso nos documentos, assim como dos dados dos levantamentos sobre tecnologias digitais – tanto em relação aos docentes e discentes. Os dados devem ser considerados na construção da política acadêmica e não um mecanismo apenas para constar;

– ADUR reitera o pleito feito também por conselheiros, de aprovação do cronograma dos próximos passos, a fim de legitimar a metodologia subsequente de debate e garantir que a votação das propostas só seja realizada após essas discussões iniciais e a audiência pública;

– Demandar a criação, no âmbito do CEPE, de uma comissão de acompanhamento e avaliação do ECE, para que seja feito um diagnóstico permanente da implementação do período extraordinário e das condições de trabalho e estudo;

– Duas preocupações centrais em relação à Política Acadêmica extraordinária para a Pandemia:

 

1- Problemas no levantamento dos dados discentes;

(a) Garantir que os resultados dos levantamentos digitais sejam incorporados na formulação da política acadêmica;

(b) Reforçar o forte viés de auto-seleção: o questionário não estava à vista, era preciso ser encontrado no sigaa;

(c) Apenas 36% de respondentes, com uma heterogeneidade grande de distribuição dos padrões de não-resposta, com destaque para cursos com ínfima quantidade de respondentes (LEC, por exemplo, apenas 16 alunos)

(d) O relatório contém o quantitativo em termos absolutos dos respondentes, mas não apresenta os totais de discentes em cada um dos cursos ou institutos, impedindo o dimensionamento pelo analista;

(e) Maior parte dos respondentes é de ingressantes: e novamente, qual o total? Ou há no questionário – mesmo com a sub-representação – um viés de maior interesse dos ingressantes?

(f) Apontamentos discentes de que é importante realizar atividades online durante a pandemia; e que muitos acham adequado a disponibilzação de video-aulas (que é um ponto de desacordo no que se refere à segurança dos docentes)

(g) Destaque para as questões emocionais na disponibilidade e possibilidades de acompanhamento dos estudos continuados emergenciais; Perguntas 29 e 30 incidindo fortemente sobre isso – ou seja no levantamento da administração central, o maior entrave apresentado não é acessibilidade, mas sim condições emocionais;

(h)Destacar na baixa taxa de respondentes, o incentivo de geração de questionários individualizados próprios (por curso), boa parte elaborado por discentes;

(i) questionamento de como se compatibilizará tais levantamentos, que supõem metodologias distintas – ou seja, tendem a apresentar dados incomparáveis – de modo que tenhamos base para construção de uma política interna – afinal não se constrói política pública sem base de dados. Se somos cientistas e zelamos pela qualidade do trabalho da universidade, não podemos ser metodologicamente irresponsáveis na construção de uma política acadêmica (nós não somos terraplanistas!).

(j) Sugestão de encaminhamento:
– que programas e cursos que fizeram seus próprios questionários, preparem um dossiê com os dados, apontamentos metodológicos e publicizem seus resultados;
– que seja formada uma comissão composta por aqueles que elaboraram questionários próprios (incluindo docentes, não apenas os discentes), para elaborar proposições concretas a partir do empenho em compatibilizar tais dados (que do meu ponto de vista gerarão um trabalho bastante complexo, tendo em vista os itens científico-metodológicos supracitados)

(k) Preocupação central na elaboração de programa de assistência estudantil em para acesso à tecnologia digital: como construir as bases empíricas para a construção desta política institucional?

 

2 – Há um Sub-grupo parentalidade do GT3: proposição de que seja elaborado um GT, ou comissão para proposição de política acadêmica transversal, não como está desenhado – são questões fundamentais que não comportam um mero subgrupo. Reiterar a importância da epistemologia crítico-feminista sobre o conceito de trabalho, ampliando-o para além da dimensão restrita do assalariamento, considerando trabalho remunerado e não-remunerado:

(a) questões que se referem à discentes e docentes;

(b) sabemos que há déficit de política de atendimento aos responsáveis por cuidados em dimensão presencial e este tipo de iniciativa pode ter como horizonte o período pós-pandemia inclusive;

(c) Questões que se relacionam, por exemplo, à construção de uma política científico-acadêmica feminista – que pode ser impulsionada pela pandemia mas é uma pauta fundamental de longo prazo; Demandas do GT Mulheres e Ciência da UFF (por exemplo);

(d) CARE (ou “cuidado” como conceito): cuidador não é auto-definido, mas diz respeito ao cuidado direto de idosos, crianças e/ou outros dependentes (que estejam em regimento de coabitação); nunca o trabalho não-remunerado foi tão falado (e quiçá percebidos) entre os homens, por exemplo;

(e) Debate no Comitê pela Defesa da Vida (SEPE/SINPRO de resistência à abertura da rede de educação básica) que destaca o papel da escola como auxílio na reprodução social, mas que precisa ter sua função formativa defendida, não somente de apaziguamento da relação conflituosa entre trabalho remunerado e não-remunerado; o reconhecimento explícito desta dimensão é um avanço na politização do debate;

 

3 – Questões que se referem à progressão funcional no período de trabalho remoto; segurança jurídica da CPPD; empenho no GT carreira dos debates sobre este tema na próxima semana e importância de proposição de deliberação para o período de trabalho remoto (pois já estamos com calendário suspenso desde março, são quase 4 meses agora e não podemos interromper o fluxo de progressão funcional- lembrando ainda a recente ameaça da LC173).

 

4 – Que o debate sobre as politicas de apoio à acessibilidade, considerem:

(a) O esclarecimento público quanto aos recursos disponíveis e os investimentos para a implementação do ECE;

(b) que seja providenciado, em substituição ao auxílio-transporte suprimido dos contracheques, algum tipo de auxílio financeiro para internet e informática aos docentes e técnicos administrativos que estão trabalhando em home office, inclusive tendo em vista a implementação do ECE. A Universidade não está tendo gastos de luz, material de consumo, alimentação no RU, etc., que poderiam ser revertidos para auxílios de estudantes, técnicos e professores.

(c) Que se fortaleça a iniciativa dos Técnicos-Administrativos que estão elaborando e apresentarão um questionário sobre as questões de acessibilidade dos técnicos, tendo em vista a perspectiva de ampliação temporal do regime remoto de funcionamento da universidade e fato de que eles não estão sendo contemplados pelos últimos debates.


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